No domingo, Santa Maria foi palco da 72ª Romaria da Medianeira. Segundo o 2º Batalhão de Operações Especiais (2º BOE), 250 mil fiéis participaram da procissão. Veja os cinco momentos marcantes da romaria, segundo quem participou:
O começo da caminhada
Antes das 7h30min, o espaço em frente à Catedral Metropolitana já era disputado entre os fiéis que não queriam perder a saída da imagem da Mãe Medianeira para o começo da procissão. Dentro da igreja, cada espaço estava ocupado para a missa inicial. Do lado de fora, músicas e orações contribuíam para criar um clima de oração e alegre expectativa. A ansiedade dos romeiros era ficar perto de onde a imagem de Nossa Senhora passaria.
Para mim, a hora mais marcante é a saída da Catedral. Caminhar junto dela e das outras pessoas significa fazer um caminho de fé, para sermos melhores diz a professora Mari Terezinha Machado dos Reis, 51 anos, de São Pedro do Sul.
Assim que a imagem desce as escadas e é fixada sobre a base giratória em uma caminhonete, lentamente o povo se organiza para seguir a caminhada, confiantes de que não está sozinho.
Chegada à Basílica
Muitos fiéis costumam marcar encontro com Nossa Senhora no Parque da Medianeira, à espera da missa campal. E quando a procissão se aproxima, é possível sentir uma emoção coletiva, de ansiedade e alegria. A passagem da imagem pelo corredor formado pelo povo é seguida com olhos atentos e câmeras fotográficas. Mas é nos olhos marejados que a cena fica registrada. Os católicos sabem que o quadro é apenas uma imagem, mas ela torna presente o amor pela Mãe de Jesus.
A chegada de Nossa Senhora no parque é a coisa mais marcante disse o técnico em segurança do trabalho Diones dos Santos Gonçalves, 31 anos.
Neste ano, decretado pelo Papa Francisco como ano da Vida Consagrada, o lema da romaria também foi dedicado à vocação. Quando foi retirada de cima da caminhonete, na entrada do parque, a imagem foi para os ombros de religiosas, que a conduziram até o altar.
Missa para renovar a fé
Nas primeiras horas da manhã, um casal tomava chimarrão embaixo de uma árvore no Parque da Medianeira. Sorridentes, os dois comemoravam o retorno à romaria após 28 anos de ausência. E ainda aproveitavam o momento que consideram o auge do evento: a missa campal após a procissão.
É o principal, é muito lindo. Temos parentes aqui, mas viemos com o foco na romaria. E a missa é o momento mais importante defende Euzalda Carvalho Teixeira, 64 anos, acrescentando que é a oportunidade de refletir sobre a mensagem da Igreja.
Quando ela e o marido, Paulo, 65, moravam em São Sepé, vinham sempre à procissão. Quando se mudaram para Dom Pedrito, ficou difícil de manter o hábito. Mas, neste ano, eles conseguiram e se admiraram com a evolução do evento. Observaram que o parque tem muito mais árvores e sombra do que décadas atrás, por exemplo.
Visita à casa da Mãe
Quem mora em Santa Maria e tem oportunidade de ir à Basílica da Medianeira talvez não queira enfrentar a fila que se forma na porta lateral da igreja para chegar perto da imagem de Nossa Senhora. Mas para o devoto visitar a casa da Mãe em dia de festa é especial, e milhares de pessoas encararam a fila sob o sol.
Alguns, subiram a escadaria de joelhos para levar flores para a Medianeira ou apenas tocar a imagem e ter uns minutos a sós com ela. No fim da manhã de ontem, foi com lágrimas nos olhos e de joelhos que Carlos Paraguaçú Dias, de"